As difíceis regras do flerte



A observação dessa última foto me inquieta. "O álcool pode fazer algumas garotas parecerem mais espertas, mas a maior parte delas só fica boba." Agora, toda vez que bebo fico tentando avaliar se pertenço ao time das que ficam mais espertas ou se faço parte da maioria que apenas fica boba.
Mas o meu ponto não é esse. Essas dicas para mulheres solteiras, escritas em 1938, me levaram para outro lado. Que é: elas são muito datadas, certo? Certo. Mas daí você vai lá no site e vê que o primeiro comentário de leitores diz: Bem, não mudou muita coisa, né?
Olha, se não mudou, eu faço tudo errado. E, de um jeito ou de outro (pode ser que o mundo continue machista, pode ser que as mulheres bebam e fiquem apenas bobas), mudou bastante coisa sim: ficou tudo mais complicado. E a culpa, é claro, é da internet. Ou do Google. Ou de ambos. Quem sabe quais são os limites entre uma coisa e outra, né? Ninguém. Mas isso é assunto pras horas de trabalho.
O ponto é que a internet permite que você, em segundos, descubra um tanto de coisas que antes levaria meses para descobrir. Isso sem falar que clique, clique, clique, pronto, você já descolou os contatos do gatinho e pode mandar mensagens para ele de mil maneiras distintas.
Daí que eu decidi fazer as minhas dicas:
- Se você fuçou a vida inteira da pessoa na internet, tente disfarçar. Ninguém gosta de stalker. Isso não quer dizer que você não possa falar sobre a investigação. Ela é um bom jeito de puxar papo e chegar justamente às informações que você recolheu. De maneira que, depois disso, você não vai mais precisar disfarçar.
- O excesso de possibilidades de acesso que se tem hoje a uma pessoa é bom por um lado, porque ninguém precisa mais pedir telefone. Por outro, cuidado com o exagero. Se mandou DM, não mande e-mail, mensagem no Facebook, recado no MSN e SMS também. Se mandou e-mail, não mande DM, SMS, MSN e mensagem no Facebook. E assim por diante. Nenhum bicho (homem, mulher, cachorro, gato, papagaio) gosta de se sentir cercado.
- Se você não é blasé (e eu acho que, no fundo no fundo, ninguém é blasé), não faz a/o blasé. Porque depois, se tudo der certo, você vai querer derreter e daí vai passar por louca/louco. Certo, essa dica não tem nada a ver com internet, mas é boa mesmo assim.

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