Boas festas

Hoje é o dia da festa da democracia. Boa sorte a todos os envolvidos. Eu, pelo meu lado jornalista, estou torcendo para que tudo se resolva no primeiro turno, de maneira que eu não haja plantão de segundo turno. Entenda: amanhã eu estarei na redação às 7h30 da manhã. Maldito jornalismo online...
Além disso, eu não aguento mais as dicussões entre eleitores do Serra e da Dilma. É tudo muito dadaísta. E olha que eu transo dadaísmo.
Mas o que importa é que esses dias um amigo muito próximo, o Rods, que já foi homenageado neste blog, me disse: "Helô, ninguém sabe sua posição política".
Rá, talvez seja porque eu nunca explique a minha posição política. E isso acontece em geral porque as pessoas me encaixam na direita logo que eu começo a explicação. É que eu sou liberal. Sou contra o Estado forte. Gosto de Estado bem pequeno, mínimo. Daí que as pessoas ouvem isso e já me colocam em algum lugar entre os neocons norte-americanos e a Margareth Thatcher.
E não é nada disso. A minha formação política é anarquista, específicamente guiada por Tolstói (quer saber o que isso significa, entra aqui), que, por sua vez, sempre negou ser anarquista, o que eu acho até simpático, porque excesso de convicção, nesse campo específico, é algo que me incomoda.
Por isso, e pelo fato de o meu título ser em Campinas e eu morar em São Paulo e e também pelo fato de eu estar de plantão amanhã, eu não voto. E como nesse momento específico de eleição a sua 'posição política' quer dizer 'em quem você vai votar', de fato a minha posição política não poderia estar clara, simplesmente porque hoje ela não existe.

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