Orgulho de ser paraguaia
(Até o domingo que vem, este blog está meio do futebol. Depois que a Copa acabar, voltamos à rotina normal.)
Venho por meio deste post fazer justiça com as próprias mãos. Assisto neste momento à reprise de Paraguai versus Espanha, valendo vaga na semifinal da Copa. Eu já sei que a Espanha ganhou. Eu torci pelo Paraguai como se tivesse nascido lá. E estou orgulhosa do meu time, a seleção paraguaia.
Hoje, quando abri os jornais, para ler que o Paraguai deu trabalho para a Espanha, a decepção: ninguém viu o jogo que vi. Todos os que escreveram viram a Espanha jogar sozinha, ter dificuldades sozinha, arrancar um golzinho suado simplesmente porque não acertou.
Ninguém dá muita bola pro Paraguai porque o time é mais zaga do que ataque. Porque ele não ganha, mas também não perde. Porque ele não acha o gol. Pois ontem foi tudo diferente (menos o último item).
O Paraguai partiu pra cima e até a metade do primeiro fez a Espanha jogar na zaga. O Paraguai teve um gol anulado. Quase todos concordam que foi justo. Estão todos errados. Não importa o impedimento, nesse caso. Impedimento é o de menos.
O time do Paraguai, de que me orgulho como paraguaia, protagonizou, de novo, a eliminação mais emocionante da Copa (ok, nesta Copa Gana está pau a pau com a gente, mas eu não estava torcendo para Gana, então não importa). Se em 1998, o golden goal sozinho já se encarregou de todo o drama, em 2010 esse mérito foi de Cardozo.
Ele perdeu um pênalti. E quando o jogo terminou, não aceitou ser consolado. Não queria ninguém por perto. Escorraçou companheiros, cobriu a cabeça e foi e fez e lá pelas tantas estava cercado. Todos consolavam Cardozo. Espanhóis inclusive.

Atenção: espanhóis inclusive.
Porque os espanhóis viram o jogo que eu vi. E sabem que o Paraguai não ganhou a partida por um triz.

1.636 caracteres com espaço