Oi, eu sou a Helô e este é o Caracteres com Espaço
Criei isso aqui, como blog, lá em 2010, porque precisava escrever. E garanto uma coisa: você nunca vai ter que ler. Nada é útil, não tem dica imperdível, nada.
O Caracteres com Espaço não tem tema, nem periodicidade, não tem diretriz nem motivo de ser. É uma newsletter sobre nada. Bem inviável editorial e comercialmente.
Caracs é lugar de irrelevâncias, aleatoriedades e inutilidades. Sem FOMO por aqui.
Mas pode ser que tudo tenha sim um norte (meio pote de ouro no fim do arco-íris): olhar com lente de aumento pras coisas pequenas e achar onde tá a graça. Não a graça de rir alto (pode até acontecer). Mas a graça de dar uma balançadinha na cabeça e pensar: é, é mesmo.
Sobre mim
Uma vez, eu tinha 19 anos, uma mulher falou assim pra mim:
- Helô, a vida não é uma escada, uma linha reta pra frente&pra cima. É um globo (da morte?). Você pega sua motoca e vai que vai.
Eu levei a sério? Óbvio, eu adorei.
Sou jornalista, trabalhei como repórter de turismo na Folha (sim, viajava muito e amo viajar) e depois fui pro Estadão. Lá, pude me especializar no assunto que mais gosto: comida.
Entre uma coisa e outra, fiz faculdade de moda, que é um outro assunto que adoro. Cobri cultura digital. Depois me especializei em cerveja (assunto favorito), virei colunista no Estadão e escrevi sobre cerveja artesanal por uns bons anos.
Ah, eu também já fiz curso pra ser sommelier de vinho, que já foi meu assunto favorito. Também fiz curso pra ser padeira no Senai, escrevi resumo de novela na Folha, fiz um documentário sobre a Elke Maravilha (com duas jornalistas incríveis, a Letícia Alves e a Cynara Escobar). Escrevi pra um bocado de lugares. Sou faixa-roxa de caratê, falo francês e vou pra Grécia uma vez por ano.
Eu disse que levei a sério, minha motoca vai que vai nesse globo doido.



Um ano à parte
Em 2016, fui trabalhar com a Rita Lobo, no Panelinha. Posso dizer que muito do que sei sobre cozinha (e algumas coisas outras) aprendi com ela.
No mesmo ano, conheci um cara muito interessante que tinha um único defeito (ao menos que eu pudesse enxergar até aquele ponto): ele morava em outro país.
Resumindo uma longa história em uma frase: dois anos atrás, fechei minha casa de vila com quintalzinho em Perdizes e mudei pra uma cidade minúscula no meio de Massachusetts.
O quintal cresceu, a família cresceu, e o sobre mim cresceu também. Sou jornalista, mãe e agora imigrante. Com um tanto de coisa menos clara pelo meio.
