Meus filhos nasceram fora do Brasil, retornamos há dois anos, mas o meu “mais velho” (do alto dos seus 9 anos) tem dessas gringuices que me fazem sorrir. O push e pull dele são invertidos. Sabe aquele erro clássico do brasileiro que lê push e sai puxando? Então, ele lê puxe e empurra😄
Meu, push/pull não dá! Eu desisti. No carro, tem uma alavanca: se você puxa ou empurra, abre o porta-malas ou portinha do tanque de combustível. Eu puxo-empurro, fecho a portinha do combustível e vou pegar as coisas no porta-malas. O meu mais velho tem 10 anos! Ele chegou aqui com oito. Fizemos o caminho oposto, vim pra cá há dois anos! Ele já puxa tudo. Apagou o empurra. Se ele quer puxar, puxa. Se quer empurrar, puxa também.
Ah, que demais! Também faço parte do fã-clube do Português-BR. Não tenho filhos, mas desde que nos mudamos para os Estados Unidos, meu marido e eu falamos num dialeto, aportuguesando o inglês em palavras que achamos engraçadas – como arugula.
Arugula é demais! A pessoa gripada pedindo a-rúcula. Vocês chamam feijão carioca de feijão pinto? Acho que é uma mudança obrigatória hahahaha Amo. Feijão Pinto e Açúcar Turbinado.
Adoro! Moro em Portugal e faço questão de manter o meu sotaque brasileiro como um posicionamento político, infelizmente já tendo sofrido xenofobia linguística. Mas há quem assim como eu goste de observar as diferenças e se impressionar com a riqueza do idioma, sobretudo a nossa versão influenciada pelas populações africana, indígena etc. Dia desses pedi um pão de sésamo na padaria e o padeiro disse: “ah, o de gergelim? Ger-ge-lim! Tão gira [bonita] essa palavra. Aprendi dia desses com um compatriota seu!” ❤️
Por aqui crio uma filha nascida na italia, crescendo na Suécia e chamo nosso idioma de amalgamado: palavra bonita pro nosso falar enrolado hahaha por coincidencia também tenho escrito muito sobre isso. É cada pérola que sai dessas interacções, acho espetacular o desenvolver dos idiomas na cabeça dos pequenos. A língua portuguesa é a herança mais bonita que deixamos a eles. Adorei ler seu relato!
Lembrei de uma vez ter ouvido “good good” e a ficha ter demorado para cair (e quando vi no cardápio do restaurante da Heineken, em Guarulhos a sugestão para o almoço: Lizzard).
Que sensacional!
Meus filhos nasceram fora do Brasil, retornamos há dois anos, mas o meu “mais velho” (do alto dos seus 9 anos) tem dessas gringuices que me fazem sorrir. O push e pull dele são invertidos. Sabe aquele erro clássico do brasileiro que lê push e sai puxando? Então, ele lê puxe e empurra😄
Meu, push/pull não dá! Eu desisti. No carro, tem uma alavanca: se você puxa ou empurra, abre o porta-malas ou portinha do tanque de combustível. Eu puxo-empurro, fecho a portinha do combustível e vou pegar as coisas no porta-malas. O meu mais velho tem 10 anos! Ele chegou aqui com oito. Fizemos o caminho oposto, vim pra cá há dois anos! Ele já puxa tudo. Apagou o empurra. Se ele quer puxar, puxa. Se quer empurrar, puxa também.
Ah, que demais! Também faço parte do fã-clube do Português-BR. Não tenho filhos, mas desde que nos mudamos para os Estados Unidos, meu marido e eu falamos num dialeto, aportuguesando o inglês em palavras que achamos engraçadas – como arugula.
Arugula é demais! A pessoa gripada pedindo a-rúcula. Vocês chamam feijão carioca de feijão pinto? Acho que é uma mudança obrigatória hahahaha Amo. Feijão Pinto e Açúcar Turbinado.
Hahaha! O feijão pinto é o melhor exemplo mesmo (ele desperta a 5ª série que existe em nós todas as vezes que vamos ao mercado)
Adoro! Moro em Portugal e faço questão de manter o meu sotaque brasileiro como um posicionamento político, infelizmente já tendo sofrido xenofobia linguística. Mas há quem assim como eu goste de observar as diferenças e se impressionar com a riqueza do idioma, sobretudo a nossa versão influenciada pelas populações africana, indígena etc. Dia desses pedi um pão de sésamo na padaria e o padeiro disse: “ah, o de gergelim? Ger-ge-lim! Tão gira [bonita] essa palavra. Aprendi dia desses com um compatriota seu!” ❤️
Por aqui crio uma filha nascida na italia, crescendo na Suécia e chamo nosso idioma de amalgamado: palavra bonita pro nosso falar enrolado hahaha por coincidencia também tenho escrito muito sobre isso. É cada pérola que sai dessas interacções, acho espetacular o desenvolver dos idiomas na cabeça dos pequenos. A língua portuguesa é a herança mais bonita que deixamos a eles. Adorei ler seu relato!
Lembrei de uma vez ter ouvido “good good” e a ficha ter demorado para cair (e quando vi no cardápio do restaurante da Heineken, em Guarulhos a sugestão para o almoço: Lizzard).